Suspeitas de Mpox em Sete Lagoas acende alerta regional

A Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas confirmou, nesta semana, a existência de dois casos suspeitos de mpox (anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”). As amostras dos pacientes foram encaminhadas para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, e os resultados laboratoriais ainda estão em processo de liberação. Os contatos próximos dos casos permanecem assintomáticos, mas seguem sob monitoramento da Secretaria, conforme os protocolos vigentes. Até o momento, não há registro de transmissão comunitária no município.

A mpox é uma doença causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, similar ao da varíola humana, porém com menor taxa de letalidade. Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, aumento dos gânglios linfáticos e lesões na pele, que evoluem de manchas avermelhadas para bolhas e crostas. A transmissão pode ocorrer por meio do contato direto com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias ou objetos contaminados. A doença também pode ser transmitida por meio de relações íntimas, devido ao contato próximo com as lesões cutâneas.

O vírus chegou ao Brasil em 2022, com o primeiro caso confirmado em São Paulo no mês de junho daquele ano, importado da Europa. Desde então, o país registrou milhares de infecções, com destaque para a região Sudeste. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, entre janeiro de 2024 e fevereiro de 2025, foram contabilizados 2.170 casos confirmados ou prováveis em todo o território nacional, sendo 1.561 apenas na região Sudeste. Minas Gerais, neste mesmo período, confirmou 83 casos, o equivalente a 3,8% do total nacional.

Em 2025, até o início de junho, Minas já havia registrado cerca de 145 notificações, com pelo menos 20 casos confirmados. Não há, até o momento, registro de óbitos no estado. Em nível nacional, no entanto, foram confirmados 373 casos, 39 prováveis e 258 suspeitos até abril, com registros de óbitos em estados como o Pará, onde a doença ganhou repercussão após a morte do cantor Gutto Xibatada, e aumento de casos na região Norte, como no Amazonas.

A Secretaria de Saúde de Sete Lagoas reforça a importância da vigilância e da busca imediata por atendimento médico diante de sintomas suspeitos. Em caso de confirmação, o paciente deve permanecer isolado até a completa cicatrização das lesões. A população também é orientada a manter hábitos de higiene, evitar o contato com pessoas sintomáticas e seguir as recomendações das autoridades sanitárias.

A aparição de casos suspeitos em Sete Lagoas, cidade de referência regional, reacende o alerta para os municípios vizinhos. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais ferramentas para conter a disseminação da mpox e garantir o acompanhamento seguro dos casos.

Fontes: Oia Notícias, Mega Cidade, Ministério da Saúde e Fundação Ezequiel Dias (Funed)
Foto de Hospital Albert Einstein / Reprodução