A cidade de Cordisburgo tem fornecido água para as cidades de Caetanópolis e Paraopeba nos últimos meses e tal assunto tem mexido com a população cordisburguense.
A principal fonte para o abastecimento de água das duas cidades vizinhas é o Rio Paraopeba, que teve a suspensa a captação de suas águas em Janeiro deste a contaminação provocada pelo rompimento da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Outro problema enfrentado é a crise hídrica devido às condições climáticas e o desperdício.
Neste mês de Setembro, o prefeito de Paraopeba, Juca Bahia, assinou decreto que permite o uso de rios e outros cursos d’água, como Ribeirão do Cedro, Córrego do Retirinho/Brejinho e Rio do Chico para abastecimentos humano e nas áreas urbanas, desde que licenciados pelo Instituto Mineiro de Gesão das Águas (Igam). Mas o fato é que estes cursos não comportam todo o volume do abastecimento necessário.
O decreto também autoriza ainda a mobilização de órgãos públicos para apoiar ações da Mineradora Vale, dona da barragem que se rompeu, e da Copasa para minimizar o desasbastecimento.
Diante destes problemas, as empresas tem aproveitado os excelentes mananciais de água dos poços artesianos de Cordisburgo, e através de caminhões-pipa, tem transportado grandes volumes de água para as duas cidades, auxiliando assim no abastecimento.
Este transporte de água preocupou bastante os moradores cordisburguenses, gerando discussões até mesmo em reunião da Câmara de Vereadores, sobretudo após a cidade passar por problemas de abastecimento por 3 dias consecutivos.
A Prefeitura de Cordisburgo informou ao Cordis Notícias que a gestão dos recursos hídricos são de responsabilidade do Estado e da COPASA e que este transporte de água foi um acordo celebrado entre a empresa e a Vale.
A Secretaria de Turismo, Ecologia e Meio Ambiente, através da secretária Rachel Barboza Oliveira, esteve com representantes locais da COPASA que demonstraram não haver riscos para o abastecimento da cidade. A secretaria também encaminhou ofício para a promotoria da região, informando que a cidade foi atingida indiretamente pela tragédia de Brumadinho, visto que está contribuindo para o abastecimento das cidades afetadas.
Ao Cordis Notícias, a assessoria de imprensa da COPASA informou que "Entre as medidas mitigadoras e compensatórias que vem sendo adotadas em função da contaminação do rio Paraopeba, está o abastecimento emergencial por meio de caminhões-pipa, os quais estão sendo buscados no poço profundo da cidade de Cordisburgo; e que a situação não irá causar prejuízo para o abastecimento da cidade, uma vez que a vazão máxima utilizada para abastecer os caminhões-pipa é de 13 metros cúbicos por hora, volume esse inferior à vazão outorgada que é de 120 metros cúbicos por hora. Além disso, o poço tem sido pouco utilizado em função da sua distância até a cidade de Paraopeba.
A empresa esclareceu que a falta d’água na cidade, ocorrida na primeira semana de setembro, foi decorrente de um vazamento na adutora de tratada, o qual foi corrigido no mesmo dia, tendo sido previamente comunicado à população.
A COPASA ainda ressaltou que de acordo com a Lei Federal nº 9.433, os recursos hídricos são de domínio estadual ou federal. Todas as fontes de produção de abastecimento utilizada para o abastecimento público são outorgadas junto aos órgãos estaduais, regulamentadas pela Portaria nº 249/98.
A Vale, como cortesia, tem liberado caminhões-pipa para a Prefeitura de Cordisburgo, tendo eles sido utilizado para a manutenção do gramado do Estádio da Várzea e até mesmo em algumas ruas da cidade.
Confira a Nota da COPASA, na íntegra:
A Copasa informa que em função do rompimento da barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho, a principal fonte de abastecimento de água das cidades de Paraopeba e Caetanópolis foi suspensa em função da contaminação do rio Paraopeba. Entre as medidas mitigadoras e compensatórias que vem sendo adotadas está o abastecimento emergencial por meio de caminhões-pipa, os quais estão sendo buscados no poço profundo da cidade de Cordisburgo.
A Companhia esclarece que a situação não irá causar prejuízo para o abastecimento de Cordisburgo, uma vez que a vazão máxima utilizada para abastecer os caminhões-pipa é de 13 metros cúbicos por hora, volume esse inferior à vazão outorgada que é de 120 metros cúbicos por hora. Além disso, o poço tem sido pouco utilizado em função da sua distância até a cidade de Paraopeba.
A Copasa esclarece que a falta d’água na cidade, ocorrida na primeira semana de setembro, foi decorrente de um vazamento na adutora de tratada, o qual foi corrigido no mesmo dia 04/9, tendo sido previamente comunicado à população. A empresa orienta a todos que, caso esteja ocorrendo alguma situação pontual, para agilizar o atendimento, o cliente poderá registrar a ocorrência, gratuitamente, nos canais de relacionamento com o cliente: Central de Atendimento “115”; Agência virtual no site www.copasa.com.br; ou pelo aplicativo Copasa digital, disponível para IOS ou Android.
Em relação a eventual contrapartida para a cidade, a Companhia esclarece ainda que, de acordo com a Lei Federal nº 9.433, os recursos hídricos são de domínio estadual ou federal. Todas as fontes de produção de abastecimento utilizada pela Copasa para o abastecimento público são outorgadas junto aos órgãos estaduais, regulamentadas pela Portaria nº 249/98.
Por Lucas Gustavo
Mais onde só tira, um dia acaba. Tem acontecido muita queimadas na nossa região até a BR 040, não estou vendo órgão do governo combater os incêndios.
ResponderExcluirPorque a Vale e Copasa não buscam água na represa de Três Marias. Lá não foi contaminado. E resolveria o problema do abastecimento de Paraopeba e Caetanópolis e região e não deixarei a população de Cordisburgo preocupada e também as outras regiões onde eles perfuraram poço artesiano
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