O “Selo da Cozinha Mineira” foi apresentado pelo Instituto Periférico no dia 21 de fevereiro, em Tiradentes. Ele integra o projeto para reconhecimento da cozinha mineira como patrimônio cultural, sob coordenação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico Artístico (Iepha-MG) e do Instituto Periférico.
No mês de maio os primeiros selos foram entregues a algumas cozinhas e projetos que trazem sabores, saberes, produtos, pessoas, modos de fazer e toda riqueza da cultura alimentar da Cozinha Mineira.
A Rota Doces e Quitanda traz, a partir de práticas culinárias e de tradições familiares do bem fazer através dos doces e quitandas produzidos seja de forma artesanal nas gamelas e tachos de cobre ou através da produção industrial, um passeio incrível sobre as mesas da Cozinha Mineira do café da manhã, sobremesa ou do cafezinho coado que acompanha as delícias do lanche da tarde.
Um dos selos também foi entregue à cozinha do André Zumzum, da iniciativa Caminhos de Rosa, pela cozinha da Fazenda Paulista, situada em Cordisburgo, no Circuito Turístico das Grutas.
A cozinha da Fazenda Paulista traz elementos que refletem toda a nossa mineiridade: está em uma fazenda centenária, é onde a família se reúne para contar casos, matar as saudades, comemorar datas ou simplesmente prosear à beira do fogão à lenha. Mas também é lugar de dar e receber afeto. É nela que os hóspedes e os participantes – vindos de várias partes do Brasil e do mundo – das vivencias e provas do Caminhos de Rosa passam para alimentar o estômago e a alma. Também foi nela que Guimarães Rosa passou com a comitiva da expedição de 1952, que completa 70 anos em 2022 e que o inspirou para escrever o Grande Sertão Veredas. Saberes, sabores, afetos e a hospitalidade mineira passam e fazem morada na cozinha do André Zumzum.
“Cozinhar no fogão a lenha é uma arte, é sobre sensibilidade, não há controle de temperatura, onde nada acontece de repente, é uma construção que precisa ser respeitada em cada momento. O modo de preparar, com tempo, devagar, o fogo baixo, a temperatura quase sempre uniforme, promove um cozimento lento, que altera em quase nada a qualidade da refeição. Digamos que acontecem só coisas boas! É como se fosse um conjunto de transformações acontecendo simultaneamente, todas ajudando umas às outras, um caldeirão de magia!” nos conta o André, que se identifica como um hospitaleiro da cozinha – não somente chef ou cozinheiro, mas isso tudo temperado com o prazer em receber tão característico da cozinha mineira – todo orgulhoso da sua conquista. O Vivências Caminho de Rosa integra as Rotas Doces e Quitandas e Frango e Cachaça do Circuito das Grutas.
Sobre o “Cozinha Mineira”
Apresentado pelo Instituto Periférico, o Inventário da Cozinha Mineira é um projeto que produzirá dossiê com base nas pesquisas que estão sendo realizadas com a cadeia produtiva e afetiva da cultura alimentar mineira e no conhecimento já sistematizado sobre o tema. Fruto de parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), o inventário representa importante passo para o reconhecimento da cozinha mineira como patrimônio cultural imaterial.
Além da entrega do dossiê, o Cozinha Mineira vai produzir publicações que vão ajudar a promover a história, a diversidade e os protagonistas dos sabores e dos saberes da comida mineira.
O projeto Inventário da Cozinha Mineira tem o patrocínio da Gerdau, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal, e parceria da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), firmada através de acordo de cooperação técnica entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e o Instituto Periférico.
Por ASSCOM IGR Grutas
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