
EDIÇÃO ESPECIAL
A Câmara dos Deputados aprovou na noite deste domingo (17) a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
Em seis horas de votação, foram 367 votos a favor e 137 contra. Ausências e abstenções somaram nove votos.
O 342º voto em favor do impedimento, atingindo a barreira de 2/3 da Casa
necessários para a aprovação, foi dado pelo deputado Bruno Araújo
(PSDB-PE). Os debates na Câmara haviam começado às 8h55 de sexta (15).
No momento do voto de Araújo, haviam 127 votos contrários ao
impeachment, 6 abstenções e 2 ausências. Ainda faltavam 36 deputados
para votar.

carrego comigo nossas histórias pela liberdade e pela democracia. Por
isso eu digo ao Brasil: sim!", afirmou Araújo ao declarar seu voto.
A presidente, atingida pela queda de popularidade em razão da crise
econômica e das investigações da Lava Jato, ainda não será afastada do
cargo, no entanto. Para que isso ocorra, a decisão dos deputados tem de
ser referendada pelo Senado por maioria simples, o que deve ocorrer no início de maio.
Com isso, Dilma se une a Fernando Collor (PTC) no rol de mandatários que
tiveram o impeachment aberto pela Casa após a redemocratização do
Brasil –o hoje senador alagoano acabou renunciando antes do julgamento
que lhe cassou direitos políticos. Em 1999, Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) escapou da abertura após vencer recurso em plenário contra o
arquivamento de pedido do PT.
A partir da publicação do resultado, o Senado terá dois dias para
receber a comunicação da abertura e formar uma comissão especial para
analisar a admissibilidade do caso. Hoje a tendência é de que os
senadores também aprovem a abertura do processo, segundo o Jornal Folha de São Paulo, ao menos 47 votos favoráveis, de 41 necessários.
Se isso ocorrer, Dilma será afastada por até 180 dias e julgada pelo
plenário da Casa, em rito comandado pelo ministro Ricardo Lewandowski,
presidente do Supremo Tribunal Federal.
Assumirá então a Presidência, durante o julgamento, o vice Michel Temer
(PMDB).
Rompido publicamente com Dilma desde dezembro e acusado pela
ex-companheira de chapa de ser golpista e conspirador, Temer passou as
últimas semanas angariando apoio para o impedimento e articulando a
viabilidade política de seu governo.
Já Dilma e seu mentor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passaram os últimos dias em um verdadeiro cabo de guerra para tentar esvaziar a vantagem do voto pró-impeachment.
RESULTADO FINAL: 367 SIM, 137 NÃO, 7 ABSTENÇÕES e 2 AUSENTES.
Veja como votaram os Deputados Mineiros:
Fontes: Folha de São Paulo / G1 / Estadão / Estado de Minas
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